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domingo, 18 de setembro de 2011

Sem os EUA, etanol iria desaparecer no Brasil

Fabiana Marques, free lance para revista BIO&Sugar
   O mercado de combustíveis no Brasil anda conturbado. A queda na produção de etanol no Brasil na atual safra deverá obrigar o país a importar volumes recordes do biocombustível para atender à demanda.
   Segundo dados da Datagro o país deverá importar quase 1, 5 bilhão de litros até março do ano que vem. O diretor do Centro Brasileiro de Infra-Estrutura(CBIE) e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Adriano Pires, falou à revista BIO&Sugar International sobre o que significam essas importações para o mercado nacional e internacional. Para ele, se o governo brasileiro não implantar uma política para combustíveis no país, o carro flex corre sério risco de desaparecer.
   O que significa para o mercado internacional o Brasil estar importando etanol dos EUA? Isso pode ajudar no processo de commoditização do etanol?
   Pode. Essa crise mostra que se não houvesse já um pouquinho de commoditização, se não tivesse um outro grande produtor, o etanol iria desaparecer no Brasil. Porque a única coisa que o consumidor não admite é não ter o produto. Ainda bem que os EUA ainda têm essa quantidade de etanol sobrando para mandar para o Brasil. Se o mundo quer que o etanol exerça um papel importante na matriz energética renovável, todos têm que trabalhar para a commoditização. Como o etanol é um produto agrícola, está sempre sujeito a quebra de safra. Então se não tiver um mercado externo com capacidade para abastecer um determinado país que teve um problema de quebra de safra, nunca vai haver a presença estruturada e consolidada do biocombustível na matriz mundial.

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